19 dezembro 2008

Na cama do sonho

Vejo o tempo objetivo
mas quando ele se move
tudo se vai subjetivo.

Contar as horas
é uma perda vital.
Se vejo os segundos,
os anos vagam com a respiração e o vento.
E assim existir se torna morrer sem pensar.

Uma boca, este olhar
um sorriso,
choro, dor
um abraço
lembranças
carinho
brutalidade
Morte.

Outra boca...

Limpei os pés, as mãos
cortei as unhas, o cabelo
Deixei o branco,
as rugas, a calvície
e a corcunda;

todas figuras do tempo
implícito.

Deitei na cama do sonho
e morri para as horas,
fiquei sem o tempo
e voltei à infância
estou sem o tempo
para pensar que sonho

Agarrei-me às cordas da carne
e aos braços da memória e do presente.

2 comentários:

Yan Venturin disse...

Irado o poema Fred .. Ahh ano que vem vo te aula de literatura com vc .. voltar a te encher o sako .. =D (Y)

R.L. disse...

Bom
Viajando?
Volte logo
beijo