27 abril 2012

Salto, mergulho, ar

Acordei inquieto, com uma leve dor de cabeça. O dia estava claro, ainda cedo, o sol começando a respirar. Ainda uma lua resistia, mesmo na luz que vinha avassaladora. Um pouco de charme, um tanto de desenvoltura, e a brutalidade se espanta, como pregos sem ponta.

Desci, peguei o carro e fui à praia. Sem esperar, larguei cadeira, barraca, mochila e livros, e corri pro mar: mergulhei...

Ali, onde a água vira pele
O frio abraça o corpo
Envolve a inquietação
Devolve a plenitude
Em silêncio

Em silêncio,
no sal, na dança da água
no embalo do corpo em movimento suave
enfim encontro paz
neste mergulho
de felicidade simplória
quieta
parada
pacata.