Agora o tempo é livre.
Mas livre, pra quê?
Não sei o que fazer,
menos ainda o que dizer.
Livre, livre, livre, livre, livre, livre, livre,
livre, livre, livre, livre, livre, livre, livre,
livre, livre, livre, livre, livre, livre, livre,
livre, livre, livre, livre, livre, livre, livre,
livre, livre, livre, livre, livre, livre, livre,
livre, livre, livre, livre, livre, livre, livre,
livre, livre, livre, livre, livre, livre, livre,
livre, livre, livre, livre, livre, livre, livre,
A liberdade se tornou uma prisão. Livre?
É possível estar livre de si mesmo? Se é, quando se dá?
O que eu sou senão aquilo que os olhares supunham?
Eu gosto de alguma coisa? Eu prefiro alguma coisa?
Eu amo alguma coisa?
Diz, eu amo alguma coisa?
Diz, eu amo alguma coisa?
Diz, eu amo alguma coisa?
As paredes vêm chegando
O ar se comprime
O pulmão se retrai
A boca sem saliva
Tudo tem olhos
Todos me julgam
Parem de me ver!
Desviem estes olhos!
A sala toda tem espelhos!
As imagens vão até o infinito!
Tudo vem até mim!
Tudo termina em mim!
Fecho os olhos
Vejo olhos!
Penso em nada!
O nada me constrói!
Eu tenho matéria
Eu tenho eu!
Eu, eu sou eu?
Eu sou imagem?
Eu sou mentira!
Um comentário:
ah fred.
eu conheço vc.
bem. mto bem, eu acho.
ha!
adorei isso aí q vc escreveu...ele afirma que eu conheço vc.
sim. ainda bem.
fim.
Postar um comentário