Um vento frio, mesmo no calor.
Um tempo presente que não voltará.
Tensão, ânsia, desespero.
Uma multidão que gritava calada.
Uma criança que ama inconsciente.
Uma senhora que amou e amaria
mas ele adoeceu...
A adolescente apaixonou-se
embora ele tenha muita idade
e não seja o que esperavam.
O homem que trabalha
e seus filhos vivem desviados
- grande batalha judicial.
A rua está cheia de gente que vive na rua.
Muita gente passa na rua, mas não vive nela.
E nessa rua cheia onde muita gente vive e outras passam
o dia se divide:
Eles e aqueles.
De dia eles vêm e suspiram: trabalham
De noite eles vão e tragam a si mesmos
(amanhã, um recomeço).
De dia, aqueles não vêm
já foram, não tem retorno.
O tempo é um pai agressivo
Decepou-lhes a cabeça, os pés
e imobilizou os braços.
aqueles deixaram
porque simplesmente nasceram.
Eles tentaram
porque adoeceram depois de nascer
e seguem enfermos
alheios inconvenientes inquietos
in... a... des... dis...
Um comentário:
gostei do jogo de idéias
o lance da rua...
mas...vc tá bem?
bem denso o poema
espero te ver!
bj
Postar um comentário