09 junho 2010

Um corpo de linhas tênues

Na poesia me disfarso
para me ver invisível

quero estar nas entrelinhas
de metáforas me componho

Quero ser o prazer
sem o toque

Quero ser formas
em cada leitor

Sou uma prostituta
que não faz sexo
nem mostra o corpo
não toca
não dança
mas incita a desrazão
no prazer incorpóreo
da linguagem poética:
a sugestão.

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