11 abril 2008

Lugar plástico

Praia. Onde posso estar sem precisar olhar para os lados, inquieto. A brisa que emana de ti acaricia-me, adula-me, consola-me, faz-me ser. Entre o céu, o solo, a água e o vento, espero para morrer em paz, porque lá, naquele fim onde tudo se encontra, no horizonte, estamos nós dois.

Entre a areia e aquele derradeiro instante, temos um espaço, grande, por vezes perverso, desconsolador, intragável, aterrador... intestinos a esses vagos dissabores, está NOSSA existência, o aroma cego, a despalavra, a cintilância dos escuros, como dira Manoel de Barros. Inconstância humana, como os olhos de ressaca de todas as capitus e bentinhos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Panetone.