20 junho 2010

Cerveja

(Não é um incentivo ao alcoolismo)

Enquanto está estranho
Difícil de saber as razões
Quando se pensa muito
E poucas são as opções
Enquanto não se reconhecem os sons
Os rostos
As falas
As roupas
Os lugares
As pessoas
Quando está um frio quente
E o suor vira produto do inconsciente

Um copo cheio
Quase transbordando
Muito gelado
No centro da mesa
Basta olhar pra ele
A boca saliva
Os olhos vêm brilhando
Deixa-se de pensar
De estranhar
E suar sem sentido

O gole
E o corpo responde em doses de afastamento
Tudo ao redor ganha ares de indiferença
Tanto que o copo e ele vivem entre si
Como uma criança que aprende a boiar no mar
Em dia de calmaria.

3 comentários:

Carol da Matta disse...

Muito Bom!

Juliana Dias disse...

Olá Frederico!
Tudo Bem?
Desculpe-me pela invasão, trabalho na FormaIdeal Obah! e lembrei de vc da colação de 3° ano de 2009.
Gostei mto do seu discurso, cheguei a procurar qq referência na net mas não achei, fuxiquei mais o google e vim parar aqui.
Se vc ainda tiver algo desse seu discurso e não for pedir mto gostaria de postar no meu blog.
Obrigada,
Juliana (julijackson7@gmail.com)

Anônimo disse...

É em poemas desse que resulta a abstinencia de cerveja! hauhua
bbmonstro