09 junho 2010

Uma relação promíscua (porém, feliz).

Entrei
abracei a menina
e trouxe ela pra casa.

Não precisei conversar
Nada de jantar
Sem carinho
Nada de flores
Sem expectativas
Nada de conquista
Sem paixão
Nada de dores
Sem dissabores
Nada de mentiras
Nada de mentiras
Sem cinismo
Sem cinismo

Resolvemos namorar
e foi sexo
sexto, simplesmente.

Nossa linguagem
perfeita
era o corpo
Vivemos em paz
por anos
nem eu
nem ela
vestíamos personagens
Ela nunca quis ser
além de si
e mentir com a pele.

A prostituta foi honesta
nunca fingiu ser
(A prostituta).

Um comentário:

Daniel Caldeira disse...

Gosto muito dessa coisa mais realista da arte. Sinceramente não curto muito os floreios, muito românticos, embora as vezes sejam necessários ou até uteis para fins de divertimento.
Gostei muito.