25 abril 2010

Ele se perdeu na ficção

Um dia eu tive um amigo.
Ele viajou tanto que virou um avião.
Suas asas ainda estão pelo ar.
Sua barba virou nuvem.
Sua barriga agora é chuva.
Ele se perdeu entre o azul e as gotas de palavras
Que
Uma a uma
vêm discutir a existência metafísica do caos
o amor sublime das borboletas
o interior carregado das rosas murchas diante do sol
a vida insana dos homens de pernas e vento
o lado grotesco da cerveja carcomendo os estômagos alheios
os petiscos e sua função redentora para o organismo
o poder da barba como espectro da sociedade patriarcal...

Meu amigo se perdeu
e eu fui com ele
no seio da ficção.

2 comentários:

FGFigueira disse...

quinta eu te pago uma cerveja e te dou um beijo no coração

Giselle Veiga disse...

a-do-rei!