Um dia eu tive um amigo.
Ele viajou tanto que virou um avião.
Suas asas ainda estão pelo ar.
Sua barba virou nuvem.
Sua barriga agora é chuva.
Ele se perdeu entre o azul e as gotas de palavras
Que
Uma a uma
vêm discutir a existência metafísica do caos
o amor sublime das borboletas
o interior carregado das rosas murchas diante do sol
a vida insana dos homens de pernas e vento
o lado grotesco da cerveja carcomendo os estômagos alheios
os petiscos e sua função redentora para o organismo
o poder da barba como espectro da sociedade patriarcal...
Meu amigo se perdeu
e eu fui com ele
no seio da ficção.
2 comentários:
quinta eu te pago uma cerveja e te dou um beijo no coração
a-do-rei!
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