Compre uma calça jeans Uma camiseta branca calce uma sandália qualquer e ande pela rua de mãos dadas com o tempo.
31 outubro 2009
Quem?
Cabral sentou numa mesa de bar
acompanhado de seu copo
Um lápis e um caderno de anotações.
Via os outros e mais ninguém.
Quem não estava lá?
acompanhado de seu copo
Um lápis e um caderno de anotações.
Via os outros e mais ninguém.
Quem não estava lá?
Por quê?
Drummond saiu de casa
Para encontrar os amigos e conversar.
Deixava, contudo, uma parte de si.
Para encontrar os amigos e conversar.
Deixava, contudo, uma parte de si.
28 outubro 2009
27 outubro 2009
25 outubro 2009
21 outubro 2009
15 outubro 2009
OLHOS - PRIMEIRO ATO
Ela ouviu e veio falar, sentia-se bem, reconhecia-se. Ele aceitou, sentou e conversaram. Ela falou mais, receosa, afinal, quem era ele? Palavras medidas, à espreita, querendo dizer, mas evitando falar: o terreno era movediço, estranho, precisava de tempo.
- A exposição é sua própria morte
O mundo vive de olhos; as paredes, as portas, as ruas, os restaurantes, os carros, todos têm olhos sequiosos, porque suprem sua sede a partir das histórias alheias. Os outros vivem de estórias, mas não as deles, mas não as reais: criam, e sem criar suas existências assumem a forma de cadáveres. Precisam do elemento externo, vivem dele e para ele. Agir assim pode fazer pressupor solidariedade, comunhão, apreço e cuidado com o outro. Contudo, não abrace a causa como o absoluto divino, distancie-se, seja. Este que vive do outro é um egoísta nato, pois preenche o seu vazio vital através de falácias e experiências alheias. O que se diz não importa, mais vale é dizer, e assim a ausência compõe-se pela fantasia.
Os olhos devoram a intimidade do outro, engolem sem antes mastigarem uma única vez e deixam para o ácido estômago toda a tarefa de absorção.
E o estômago ácido, que ele é? Aqueles que ouvem as estórias, reproduzem da uma delas e ainda julgam-nas com ar superior. E ácido é ressentido. E ressentido é quem se vê no espelho pela manhã e gostaria apaixonadamente de ser outra pessoa.
- E eles (ela e ele) permanecem conversando...
- A exposição é sua própria morte
O mundo vive de olhos; as paredes, as portas, as ruas, os restaurantes, os carros, todos têm olhos sequiosos, porque suprem sua sede a partir das histórias alheias. Os outros vivem de estórias, mas não as deles, mas não as reais: criam, e sem criar suas existências assumem a forma de cadáveres. Precisam do elemento externo, vivem dele e para ele. Agir assim pode fazer pressupor solidariedade, comunhão, apreço e cuidado com o outro. Contudo, não abrace a causa como o absoluto divino, distancie-se, seja. Este que vive do outro é um egoísta nato, pois preenche o seu vazio vital através de falácias e experiências alheias. O que se diz não importa, mais vale é dizer, e assim a ausência compõe-se pela fantasia.
Os olhos devoram a intimidade do outro, engolem sem antes mastigarem uma única vez e deixam para o ácido estômago toda a tarefa de absorção.
E o estômago ácido, que ele é? Aqueles que ouvem as estórias, reproduzem da uma delas e ainda julgam-nas com ar superior. E ácido é ressentido. E ressentido é quem se vê no espelho pela manhã e gostaria apaixonadamente de ser outra pessoa.
- E eles (ela e ele) permanecem conversando...
04 outubro 2009
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