24 dezembro 2006

Sem graça

Dia 23 de dezembro de 2006. Chuva, pastéis e grandes amigos. Confraternizaçao, presentes e sorrisos. Uma faca me rompe a coluna, com as mãos ela é totalmente retirada, como parte de minha sensibilidade, a alma que é arrancada pela pele. Uma dor muito mais do que física, uma morte causada por minhas próprias escolhas. Eu, morto, melancólico, sem adjetivos mais para continuar...
Me refiz, e foi breve, porque palavras são apenas símbolos que podemos esquecer ou apenas deixar que nos destruam. E para me destruir seria preciso uma força divina, não um discurso deformado por uma mentalidade que sequer conhece seus próprios princípios, desliza entre diamantes e devassidão como se assim pudesse ganhar alteridade. Choro por dentro, não escorre uma lágrima aparente porque o diabo amassa o pão, mas cabe a mim comê-lo ou não.

Um comentário:

Anônimo disse...

escrever nos livra da dor,
expurga os fantasmas,
realimenta a sensibilidade.

ter amigos faz a vida ter todo sentido,

bjo.