26 dezembro 2006

Você finge que me ama, mas eu te amo sim.

Os amores são inevitáveis
Palavras odiosas não
Assim amo aqueles que me amam
Porque o amor que fingia amar a mim
De máscara travestiu-se
Para destilar a dor de si
Na minha pobre cama
Aos sussurros longínquos
Que perspassaram ouvidos afetuosos
Até entristecerem a mim
Deste tipo de amores
Eu quero o inferno.

3 comentários:

cotrimus disse...

sei lá, amar pode ser um inferno. grande abraço.

Usnave disse...

A resposta é a postagem de agora.

Usnave disse...

O amor pode ser a ternura do cão, o sopro dos cadáveres, uma aventura de loucos no hospício, então até a morte da vida na esperança de viver ao lado seu por toda minha vida... Impossível não ver Vinícius quando se fala de amor. Mas a devassidão é um caminho incontornável, por isso, creio, o querido poetinha entristecido nos acompanha do alto, na querência de tornar à vida para que a ternura dos cães, gatos e patos seduza-nos novamente.