Neste espaço onde o espaço é uma criação
Criar se torna um espaço avesso aos limites
Os limites do espaço são as limitações das escolhas
Escolhas que nos levam ao acaso
Ao acaso que nos arrebata do mesmo
E nos leva ao indefinido
Indefinido que nos cerca
E cerca para devorar.
Compre uma calça jeans Uma camiseta branca calce uma sandália qualquer e ande pela rua de mãos dadas com o tempo.
28 setembro 2009
A prostituta
Uma prostituta
é uma presença física irresistível,
um jeito animalesco de olhar,
de sentir, de querer, de tocar...
Ela representa o que todos querem
O desejo à flor da pele.
é uma presença física irresistível,
um jeito animalesco de olhar,
de sentir, de querer, de tocar...
Ela representa o que todos querem
O desejo à flor da pele.
Estar
O espaço onde esteve
é o espaço onde estive
O espaço onde estou
é onde está
O espaço onde estaríamos
é onde realmente gostamos de estar.
é o espaço onde estive
O espaço onde estou
é onde está
O espaço onde estaríamos
é onde realmente gostamos de estar.
27 setembro 2009
Uma ironia sinistra: culpa minha
Esta é uma brasileira
Na foto do jornal
sem nome
Mas o seu nome é:
Edmar Paula Mattos
Pobre
Favelada
Marginalizada
Estigmatizada
Isolada
O filho não será enterrada
Não há pão
Não há fubá
O consolo foi um tapa nas costas
E um pedido de compreensão:
Ela precisa entender o lado da polícia, diz o responsável pela ação estratégica e perfeita.
Uma morte perfeita
Uma mãe muda
O Estado mata
o cidadão morre
a família chora
E as lágrimas
dizem:
É, foi inevitável
a única alternativa.
Na foto do jornal
sem nome
Mas o seu nome é:
Edmar Paula Mattos
Pobre
Favelada
Marginalizada
Estigmatizada
Isolada
O filho não será enterrada
Não há pão
Não há fubá
O consolo foi um tapa nas costas
E um pedido de compreensão:
Ela precisa entender o lado da polícia, diz o responsável pela ação estratégica e perfeita.
Uma morte perfeita
Uma mãe muda
O Estado mata
o cidadão morre
a família chora
E as lágrimas
dizem:
É, foi inevitável
a única alternativa.
A luz macabra
Alguns disseram:
- Deus iluminou o policial!
Deus é vida,
não é morte
Quem retirou a vida
foi um homem
Um assassino
Mas um assassino legal
Todos vibraram
Afinal
Bandido tem que morrer a bala
E continuamos reféns
de nossa ignorância
da pusilanimidade
do egoísmo
da preguiça
Por que mudar
se é mais fácil matar?
Amanhã mais um será exterminado
e todos continuarão nos bares.
- Deus iluminou o policial!
Deus é vida,
não é morte
Quem retirou a vida
foi um homem
Um assassino
Mas um assassino legal
Todos vibraram
Afinal
Bandido tem que morrer a bala
E continuamos reféns
de nossa ignorância
da pusilanimidade
do egoísmo
da preguiça
Por que mudar
se é mais fácil matar?
Amanhã mais um será exterminado
e todos continuarão nos bares.
O nada brasileiro
Um tiro na cabeça
Aplausos
Consagração
E liberdade
Heroísmo
Enfim
Mais um negro
brasileiro
desempregado
desesperado
desamparado
Some
como se o o nada
representasse
a nossa brasilidade
Aplausos
Consagração
E liberdade
Heroísmo
Enfim
Mais um negro
brasileiro
desempregado
desesperado
desamparado
Some
como se o o nada
representasse
a nossa brasilidade
ASSASSINATO em nome da SEGURANÇA?
Duas mães, dois dramas distintos. No mesmo momento em que Ana Cristina Garrido agradecia ao major João Busnello, no sábado, Edmar Paula Mattos chorava a morte do filho. Sérgio Ferreira Pinto Júnior foi morto com um tiro disparado pelo oficial da PM sexta-feira, em Vila Isabel, quando mantinha Ana refém. Edmar, que trabalhava no dia da ação, não acompanhou os últimos minutos de vida do filho.
- Eu não queria que ele (Sérgio) tivesse morrido... Mas os policiais fizeram um ótimo trabalho - disse Ana, que recebeu a visita do major Busnello e relembrou os momentos do dia anterior:
Vídeo mostra a emoção do encontro
- Na hora do tiro, pensei que tivesse sido atingida. Corri pelo instinto. Eu lembrava muito do Caso 174, em que a refém morreu, mas pedi a Deus para sair viva. "A polícia poderia ter esperado"
Longe dali, no Engenho Novo, a mãe de Sérgio recebeu a equipe do EXTRA em casa, e também relembrou o drama de sexta. Em meio a lágrimas, suspirava:
- A polícia poderia ter esperado um pouco mais. Ele não ia detonar a granada, a índole dele não era essa - lamentou Edmar, que trabalha como doméstica.
Segundo ela, Sérgio concluiu o ensino médio e estava desempregado há três anos. Era chamado para entrevistas, mas não conseguia ser contratado:
- Ele estava desesperado, achava que tinha que me dar do bom e do melhor. A irmã de Sérgio, Karen Patrícia Mattos, de 22 anos, questionou a ação policial:
- Não precisava dar um tiro na cabeça dele.
Edmar prestou depoimento à polícia no fim da noite de sexta-feira e revelou que esteve com o filho no domingo anterior, quando ele levou a filha de 3 anos para vê-la. A família ainda tenta arrecadar dinheiro para conseguir pagar o enterro.
- Eu não queria que ele (Sérgio) tivesse morrido... Mas os policiais fizeram um ótimo trabalho - disse Ana, que recebeu a visita do major Busnello e relembrou os momentos do dia anterior:
Vídeo mostra a emoção do encontro
- Na hora do tiro, pensei que tivesse sido atingida. Corri pelo instinto. Eu lembrava muito do Caso 174, em que a refém morreu, mas pedi a Deus para sair viva. "A polícia poderia ter esperado"
Longe dali, no Engenho Novo, a mãe de Sérgio recebeu a equipe do EXTRA em casa, e também relembrou o drama de sexta. Em meio a lágrimas, suspirava:
- A polícia poderia ter esperado um pouco mais. Ele não ia detonar a granada, a índole dele não era essa - lamentou Edmar, que trabalha como doméstica.
Segundo ela, Sérgio concluiu o ensino médio e estava desempregado há três anos. Era chamado para entrevistas, mas não conseguia ser contratado:
- Ele estava desesperado, achava que tinha que me dar do bom e do melhor. A irmã de Sérgio, Karen Patrícia Mattos, de 22 anos, questionou a ação policial:
- Não precisava dar um tiro na cabeça dele.
Edmar prestou depoimento à polícia no fim da noite de sexta-feira e revelou que esteve com o filho no domingo anterior, quando ele levou a filha de 3 anos para vê-la. A família ainda tenta arrecadar dinheiro para conseguir pagar o enterro.
Saiba mais:
Coronel Príncipe pede que família do homem morto entenda a PM
Ana diz que Deus iluminou o policial
24 setembro 2009
20 setembro 2009
Mulher-poesia
O mistério da poesia
Alimenta a descoberta
feminina
Mulher e poesia
Expressões de uma mesma origem
Cujo caráter dissimulam
Erotismo
Corpo que marca a forma
Mas não mostra a pele
Para chegar-lhes
aos
p
é
s
É preciso um olher
Lírico e encantado
pela aurora
Se nascer se torna
um hábito vulgar
A poesia morre
(Falece)
(Fenece)
(...)
(...)
(...)
(...) Esquece e nada diz...
Alimenta a descoberta
feminina
Mulher e poesia
Expressões de uma mesma origem
Cujo caráter dissimulam
Erotismo
Corpo que marca a forma
Mas não mostra a pele
Para chegar-lhes
aos
p
é
s
É preciso um olher
Lírico e encantado
pela aurora
Se nascer se torna
um hábito vulgar
A poesia morre
(Falece)
(Fenece)
(...)
(...)
(...)
(...) Esquece e nada diz...
Espaço dela
Só me expresso
no espaço
da poesia
Só me expresso no espaço da poesia
Só
me
ex
presso
no
es
pa
ço
da
po
e
sia
Só me expresso no
espa
ço da po
esia
Poesia
P
o e s
ia
E foi.
no espaço
da poesia
Só me expresso no espaço da poesia
Só
me
ex
presso
no
es
pa
ço
da
po
e
sia
Só me expresso no
espa
ço da po
esia
Poesia
P
o e s
ia
E foi.
A poesia do abraço
Caminhei sozinho,
mas atrelado a sua ideia
Pude beijar
E sentir
Sem temer
Dei as mãos
Recebi um abraço
E nos braços longos para a despedida
e fortes para o afeto
Deixei-me viver
Pois estou nos olhos
da poesia.
mas atrelado a sua ideia
Pude beijar
E sentir
Sem temer
Dei as mãos
Recebi um abraço
E nos braços longos para a despedida
e fortes para o afeto
Deixei-me viver
Pois estou nos olhos
da poesia.
O dia e o dia
João morou em um apartamento
Quarto e sala
Banheiro pequeno
Não conheceu os vizinhos
Ia e vinha do trabalho
Sem dizer nada
Não olhava as pessoas
A cabeça pendia pra baixo
Caminhava decidido
a voltar pra casa
ou chegar ao trabalho
Não queria os outros
Até se tornar ida e vinda.
Quarto e sala
Banheiro pequeno
Não conheceu os vizinhos
Ia e vinha do trabalho
Sem dizer nada
Não olhava as pessoas
A cabeça pendia pra baixo
Caminhava decidido
a voltar pra casa
ou chegar ao trabalho
Não queria os outros
Até se tornar ida e vinda.
Telefone Celular
João ganhou um celular
Andava com ele pra todos os cantos
Certo dia, recebeu uma ligação
E virou um telefonema.
Andava com ele pra todos os cantos
Certo dia, recebeu uma ligação
E virou um telefonema.
Redescoberta
O português chegou ao Brasil
Viu o índio
As praias
A natureza
E pensou estar no paraíso
Logo, a incredulidade
Cedeu espaço para a vontade
E o paraíso virou cidade.
Na cidade
que ainda é um pouco natureza
um brasileiro chegou
Sentou diante da noite
Viu o céu estrelado
Ouviu o mar cantarolar
Sentiu a brisa de sua voz
Ficou
A beleza era uma ideia
produzida pela percepção poética
do instante presente.
Viu o índio
As praias
A natureza
E pensou estar no paraíso
Logo, a incredulidade
Cedeu espaço para a vontade
E o paraíso virou cidade.
Na cidade
que ainda é um pouco natureza
um brasileiro chegou
Sentou diante da noite
Viu o céu estrelado
Ouviu o mar cantarolar
Sentiu a brisa de sua voz
Ficou
A beleza era uma ideia
produzida pela percepção poética
do instante presente.
Domingo
João calçou as havaianas
Foi comprar o pão e o jornal
Voltou e fez o café fresco
Abriu a geladeira
Pegou a manteiga
O alface
O tomate
Um copo
E leite
Enquanto comia
Leu o jornal
Ouviu o gato miar
E os apartamentos vizinhos
Começando a levantar
Todos os dias se transformaram em domingos
Mas sem os domingos.
Foi comprar o pão e o jornal
Voltou e fez o café fresco
Abriu a geladeira
Pegou a manteiga
O alface
O tomate
Um copo
E leite
Enquanto comia
Leu o jornal
Ouviu o gato miar
E os apartamentos vizinhos
Começando a levantar
Todos os dias se transformaram em domingos
Mas sem os domingos.
As fotos em João
João acordou
Tomou café
Cortou os pulsos
Encheu um copo
E bebeu o sangue
Ainda quente
Passaram-se dias
E o sangue escorria
Lento
Pelas pontas dos dedos
Ele queria mesmo
Não pensar.
Tomou café
Cortou os pulsos
Encheu um copo
E bebeu o sangue
Ainda quente
Passaram-se dias
E o sangue escorria
Lento
Pelas pontas dos dedos
Ele queria mesmo
Não pensar.
Esteve
Um pingo de chuva.
Uma lágrima.
Néctar das flores.
Desejo dos beija-flores.
Um telefonema.
Uma lembrança.
Uma parte:
longe, alma.
perto, carne.
E assim seguimos:
carne, alma, carne, alma, carne, alma, carne, alma, carne, alma... (...) (...) (...) (...)
Uma lágrima.
Néctar das flores.
Desejo dos beija-flores.
Um telefonema.
Uma lembrança.
Uma parte:
longe, alma.
perto, carne.
E assim seguimos:
carne, alma, carne, alma, carne, alma, carne, alma, carne, alma... (...) (...) (...) (...)
14 setembro 2009
Morto
Qual é a pior morte?
Uma porta se abre
Um passo apenas para atravessá-la
Segundos demorados
Olhos que se entrecruzam
A memória dilui tudo em pó
Mas permanece viva
Em turbilhão
As experiências viram imagens disformes
Tudo o que foi
Formam dias inteiros em um delírio
Pessoas, bares, lugares, bebidas,
Casas, quartos, camas, sexo,
Brigas, carinho, sentido, sensações
Horas para anos
Uma dor sem razão
Alguém se foi
Alguém morreu
Ninguém ficou.
Tudo chorou.
A morte na vida
Ou a morte da vida.
Uma porta se abre
Um passo apenas para atravessá-la
Segundos demorados
Olhos que se entrecruzam
A memória dilui tudo em pó
Mas permanece viva
Em turbilhão
As experiências viram imagens disformes
Tudo o que foi
Formam dias inteiros em um delírio
Pessoas, bares, lugares, bebidas,
Casas, quartos, camas, sexo,
Brigas, carinho, sentido, sensações
Horas para anos
Uma dor sem razão
Alguém se foi
Alguém morreu
Ninguém ficou.
Tudo chorou.
A morte na vida
Ou a morte da vida.
08 setembro 2009
Do prosaico
"A coisa mais fina do mundo é o sentimento", Adélia Prado.
...
O lirismo do cotidiano produz o sentimento sublime e simples.
O prosaico define a grandeza do mundo
O medo da rotina marca a realidade inventada pelos homens que esperam um grande evento.
...
O lirismo do cotidiano produz o sentimento sublime e simples.
O prosaico define a grandeza do mundo
O medo da rotina marca a realidade inventada pelos homens que esperam um grande evento.
07 setembro 2009
Copo, borracha e mesa
Comprei um copo de vidro
E pus na mesa
Comprei uma borracha
E pus na mesa
Peguei o lápis
e comecei a escrever minha biografia
Depois de um tempo
Cansei-me
Espalmei as mãos
E quebrei o copo
Não senti dor
Cacos e restos enfiados pelos ossos
tendões, unhas e veias
Tudo dilacerado
Não senti dor
Com a borracha
apaguei o que escrevia na mesa.
E pus na mesa
Comprei uma borracha
E pus na mesa
Peguei o lápis
e comecei a escrever minha biografia
Depois de um tempo
Cansei-me
Espalmei as mãos
E quebrei o copo
Não senti dor
Cacos e restos enfiados pelos ossos
tendões, unhas e veias
Tudo dilacerado
Não senti dor
Com a borracha
apaguei o que escrevia na mesa.
Madrugar pra quê?
A vida é uma eterna busca por
melodias frustradas
encantos de palavras
perversas
A escolha do dia
é a morte da tarde
é a doença do dia
No dia
de dia
Razões
À tarde a fuga
À noite a chegada
O encontro dos símbolos
Os rostos ganham contornos inacabados
Os corpos se viram em sombras
E as vozes, o murmúrio
É na madrugada que nada passa
e tudo fica
É na madrugada que a experiência
muda o jeito de ser
É na madrugada que amar faz sentido
e o sexo é prazer
É na madrugada que o trabalho do copo
vira a construção do ser
É na madrugada que a bebida se levanta
e deixa ser
É na madrugada que a noite engole o dia
pra poder viver
É na madrugada que os homens do dia morrem
porque não mudam,
seguem.
É na madrugada que os sapatos e o terno
viram motivo de sarcasmo
(indiferença)
É na madrugada que os sapatos ganham
daqueles que os calçam
É na madrugada que os espelhos se quebram
e os outros ganham vida
É na madrugada que o mendigo acorda
vive e produz
É na madrugada que o cão sarnento exala sua doença
e todos querem abraçá-la
É na madrugada que a morte ganha vida
a história é vivida
e faz parte da saída
É na madrugada que o sol se torna uma doença
Porque o seu sorriso é uma luva cirúrgica
que abre os ossos do peito
e desperta corpo da solidão.
melodias frustradas
encantos de palavras
perversas
A escolha do dia
é a morte da tarde
é a doença do dia
No dia
de dia
Razões
À tarde a fuga
À noite a chegada
O encontro dos símbolos
Os rostos ganham contornos inacabados
Os corpos se viram em sombras
E as vozes, o murmúrio
É na madrugada que nada passa
e tudo fica
É na madrugada que a experiência
muda o jeito de ser
É na madrugada que amar faz sentido
e o sexo é prazer
É na madrugada que o trabalho do copo
vira a construção do ser
É na madrugada que a bebida se levanta
e deixa ser
É na madrugada que a noite engole o dia
pra poder viver
É na madrugada que os homens do dia morrem
porque não mudam,
seguem.
É na madrugada que os sapatos e o terno
viram motivo de sarcasmo
(indiferença)
É na madrugada que os sapatos ganham
daqueles que os calçam
É na madrugada que os espelhos se quebram
e os outros ganham vida
É na madrugada que o mendigo acorda
vive e produz
É na madrugada que o cão sarnento exala sua doença
e todos querem abraçá-la
É na madrugada que a morte ganha vida
a história é vivida
e faz parte da saída
É na madrugada que o sol se torna uma doença
Porque o seu sorriso é uma luva cirúrgica
que abre os ossos do peito
e desperta corpo da solidão.
Frases dispersas
A viagem que pensamos é aquela que deixamos.
A amor que se vai é a morte do sorriso.
O sorriso comedido é a eterna paixão.
O sorriso exagerado é uma máscara de césar no rosto do plebeu.
A imaginação move os pés de nuvem, pés que se deixam voar.
As pessoas são como os dias: vão e vem
A pessoa, no entanto, pode ficar ou não.
Nós é que dizemos: não ou sim.
As frases que dissemos
Mentem pras próprias palavras
Porque o que sentimos
precisaria sempre de novas palavras
pra dizer o que deveria.
A amor que se vai é a morte do sorriso.
O sorriso comedido é a eterna paixão.
O sorriso exagerado é uma máscara de césar no rosto do plebeu.
A imaginação move os pés de nuvem, pés que se deixam voar.
As pessoas são como os dias: vão e vem
A pessoa, no entanto, pode ficar ou não.
Nós é que dizemos: não ou sim.
As frases que dissemos
Mentem pras próprias palavras
Porque o que sentimos
precisaria sempre de novas palavras
pra dizer o que deveria.
Frases perdidas
Houve uma guerra
poucos saíram vivos dela
Muito sangue escorria pelas pernas
Muitos braços
Dedos perdidos
Pés descalços
E esfacelados
Cabeças a rolar
Mas o que é a guerra
senão a renovação?
Ela não precisa de armas
soldados
balas
tanques
generais
táticas
E do que ela precisa?
Disposição.
Sem ela,
nos desencontramos
E o desencontro é a frustração.
E você, o que quer:
a guerra
ou a frustração?
poucos saíram vivos dela
Muito sangue escorria pelas pernas
Muitos braços
Dedos perdidos
Pés descalços
E esfacelados
Cabeças a rolar
Mas o que é a guerra
senão a renovação?
Ela não precisa de armas
soldados
balas
tanques
generais
táticas
E do que ela precisa?
Disposição.
Sem ela,
nos desencontramos
E o desencontro é a frustração.
E você, o que quer:
a guerra
ou a frustração?
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